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Cariocas das classes mais altas passaram a doar mais após a pandemia, aponta estudo da ESPM

Atualizado: 25 de out. de 2020

Karine Karam*


Foto: Escada da Cidade das Artes, Adobe Stock.


Pessoas de todas as classes sociais mantiveram a disposição de ajudar, mas os mais pobres encontraram limitações financeiras para manter nível de solidariedade.


Uma pesquisa realizada pelo think tank cRio da ESPM, sobre o comportamento solidário das pessoas durante a pandemia da covid-19, aponta que -- mesmo antes da crise -- metade dos entrevistados realizavam doações esporádicas aos longo do ano e que 32% deles mantinham um compromisso mensal de ajudar pessoas ou instituições filantrópicas. Mais de 60% dos entrevistados revelaram ter aumentado o volume de doações após o início do isolamento social.


As mudanças no cenário econômico, com aumento de desemprego e perda de renda, porém, alteraram os volumes doados por moradores do Rio de Janeiro de acordo com a classe social. Segundo Karine Karam, pesquisadora do cRio ESPM, pessoas com renda acima de 15 salários mínimos mensais passaram a doar mais após a pandemia. No outro espectro, pessoas com renda mensal de até três salários mínimos tiveram de reduzir os recursos doados.


Uma pequena parcela da amostra consultada -- 3% -- disse ter reduzido a ajuda prestada por falta de confiança nas instituições para as quais os recursos são destinados.


Isso explica, em parte, o fato de 62% dos entrevistados afirmarem que se sentem mais confortáveis em ajudar pessoas próximas ou conhecidas. Dinheiro, em espécie ou por meio de transações bancárias, é a forma preferida para 93% dos que disseram já ter realizado doações nesse período. Seguido de roupas (53%), alimentos (43%) e cestas básicas (21%).


O estudo do cRio ESPM foi realizado de forma on-line, entre os dias 29 de junho e 5 de julho, com 200 moradores do Rio de Janeiro.


*Karine Karam é professora da ESPM Rio e pesquisadora do do cRio, o Think Tank da ESPM.


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