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Pesquisa Impactos da COVID-19 na Economia Criativa

*Luciana Guilherme


Em março de 2020, a pandemia da COVID-19 chega ao Brasil trazendo uma série de dúvidas e incertezas para o país e seus cidadãos. Diante dos riscos relativos à crise sanitária mundial, o isolamento social emergiu como o caminho mais seguro para evitar aglomerações e, portanto, para mitigar as possibilidades de contágio. Como resultado, o medo e a incerteza relativos à nossa sobrevivência foram reforçados pelos impactos econômicos negativos gerados por milhares de negócios que fecharam suas portas e o consequente aumento do número de desempregados.

Diante deste cenário, empreendimentos e profissionais atuantes em setores culturais e criativos foram imediatamente afetados. A inviabilidade da realização de apresentações e atividades culturais presenciais esgotou qualquer possibilidade de remuneração no curto e médio prazo. Assim, foram milhares de eventos cancelados e adiados indefinidamente. A grande maioria dos profissionais e empreendedores se viu diante de um horizonte desconhecido e sentiu no seu cotidiano a incapacidade de fazer frente a custos básicos de sobrevivência.

Deste modo, o Observatório de Economia Criativa da Bahia (OBEC BA) tomou a decisão de levantar dados que permitissem um aprofundamento e uma análise qualificados acerca dos impactos da COVID-19 na economia criativa brasileira, como forma de subsidiar a formulação de políticas públicas de enfrentamento desta crise. A jornada desta pesquisa se iniciou em março e veio a ser concluída em julho de 2020. O cRio ESPM, juntamente com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o Instituto Federal do Rio de Janeiro, veio reforçar o time de pesquisadores do OBEC BA no final do mês de maio, integrando a equipe de análise dos resultados e ampliando a base de respondentes do Rio de Janeiro. O estudo colheu informações de profissionais e organizações em todo o país, totalizando a soma de 2.600 respondentes, entre pessoas físicas e jurídicas dos diversos setores da economia criativa brasileira.

A pesquisa evidenciou a situação de vulnerabilidade a que profissionais e empreendimentos culturais e criativos estão submetidos neste período de pandemia, visto que as atividades culturais de natureza presencial serão as últimas a serem retomadas. No entanto, a busca por alternativas de remuneração no ambiente digital tem sido intensa nos últimos meses, embora os modelos e caminhos para a monetização ainda sejam pouco conhecidos pela maioria dos artistas e profissionais criativos. Para além do diagnóstico dos impactos, o estudo aponta também para um conjunto de estratégias de fortalecimento e desenvolvimento dos profissionais e organizações.

Para ter acesso a todas as informações, dados e respectivas análises, acesse o relatório integral publicado e disponibilizado no site do cRio ESPM.



*Luciana Guilherme, doutora em políticas públicas, estratégias e desenvolvimento, mestre e bacharel em administração, professora e pesquisadora do cRio EPM e do Laboratório de Economia Criativa, Desenvolvimento e Território (LEC/ESPM Rio).


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